Albon vê Williams em “lugar complicado” no início da F1 2024: “Difícil e frustrante”

Alexander Albon reconheceu que a Williams vive um período complicado na Fórmula 1. Sem chassi reserva neste início de temporada, o piloto afirmou que a equipe opera “milagres” para deixar os dois carros prontos, principalmente após o tailandês se acidentar no treino livre 1 do GP da Austrália, realizado no fim de março.

A batida de Albon no Albert Park evidenciou um momento difícil para a Williams, que terminou na sétima colocação do Mundial de Construtores de 2023, com 28 pontos — 20 tentos a mais que em 2022, quando foi a última entre as dez concorrentes. Em Melbourne, a equipe não teve outra opção e largou com somente um carro, disponibilizando o chassi de Logan Sargeant para o tailandês.

No GP do Japão, disputado no início deste mês, o norte-americano correu com o chassi batido por Albon, que foi consertado da maneira que foi possível para estar apto a tempo da etapa de Suzuka. Logo no TL1, Sargeant se acidentou e a Williams precisou fazer novos reparos no monocoque, o que o deixou de fora do segundo treino livre — por sorte, a atividade foi atrapalhada pela chuva e poucos pilotos foram à pista.

Durante a corrida, Albon se envolveu em um acidente com Daniel Ricciardo e causou mais danos materiais à Williams — agora, no chassi que estava intacto até então.

Os acidentes causaram uma espiral negativa dentro da Williams. James Vowles, chefe da equipe, afirmou que estes consertos atrasam a entrega das atualizações para o FW46, já que os esforços estão concentrados em recuperar os carros destruídos. O dirigente foi um dos que mais esbravejaram pela falta do terceiro chassi no início do campeonato da Fórmula 1, classificando a situação como “inaceitável”.

O panorama, entretanto, não deve mudar tão cedo, segundo Albon. “Obviamente, não tivemos um bom início de temporada. Com tudo correndo bem, ficamos um passo atrás. Todos na Williams meio que se desdobram e produzem milagres para fazer com que os carros sejam construídos, preparados e prontos a tempo”, disse o tailandês.

“Vamos ter de contar com isso por mais tempo, mas há uma construção sendo feita ao longo da fábrica, em toda a sede”, completou o piloto, indicando que a Williams trabalha por melhorias em sua estrutura, algo que Vowles reclama desde a chegada à chefia do time. Meses após assumir a equipe, no ano passado, o britânico falou que Grove estava “20 anos atrasada”.

Na visão de Albon, não existe outra escolha para a Williams a não ser seguir em frente. Em meio a esse período complicado, o #23 prega coragem e fome para solucionarem os problemas e retornarem ao rumo dos pontos — até aqui, a equipe não pontuou no campeonato, assim como Sauber e Alpine.

“É um tempo difícil e frustrante a todos, claro. Estamos em um lugar complicado. Porém, temos de nos manter motivados e famintos para voltarmos ao caminho”, encerrou.

A Fórmula 1 volta entre os dias 19 e 21 de abril, para o GP da China, retorno da etapa ao calendário pós-pandemia, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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